sábado, 26 de maio de 2012

Posso ficar em casa?




Uma certa tarde, estando eu muito cansada, num daqueles dias de esgotamento, estresse, irritada mesmo pelos afazeres e responsabilidades; falei com Deus porque eu não tinha uma vida comum como de muitos outros crentes, aqueles que quando não estão a fim de ir pra igreja ficam em casa assistindo ao Fantástico numa boa, sem nenhum peso na consciência, e durante a semana tem sua vida normal cuidando dos seus interesses. Perguntei isso pra Deus, com uma certa indignação na voz, porque eu não era assim? Porque mesmo querendo, eu não conseguia ser assim, essa “pessoa comum”.  Deus não falou nada. Continuei a fazer o que tinha que fazer com certa rapidez, pois afinal de contas, tenho horário pra chegar na igreja, tenho escala, compromisso, enfim, a reclamação de minutos antes, ficou ao vento como um desabafo, talvez um protesto.  Mas Deus sabe como trata com um filho. Ele nos conhece e sabe como nos ensinar as lições que temos que aprender.  Chegando na igreja, Deus foi me fazendo lembrar de uma ministração do Pastor Rogerio, que dizia sobre a justa operação das partes do corpo." Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor”. Efésios 4:15-16 E que cada um tem que fazer aquilo a que foi chamado para fazer, para que todo o corpo funcionasse  em harmonia.  Ali já começou o meu tratamento. Já estava entendendo que Deus não iria deixar passar em branco aquele meu “ataque de pelanca” de horas atrás.
Na hora do louvor, foi ministrada a canção que dizia: “Luz das nações que dissipa as trevas, abre os meus olhos pra ver”.  E Ele começou a abrir... e a canção continuava: “Lindo tu és, que só quero adorar-te, dar os meus dias pra ti”. Quer mesmo filha, dar os teus dias pra mim? Ui... senti logo a peso da glória de Deus, me prostrei já com o rosto todo em lágrimas, e me arrependi dos meus questionamentos e me humilhei .  Só então consegui continuar a cantar: “Vim para adorar-te, vim para prostrar-me, vim para dizer-te, és meu Deus. Totalmente amável, totalmente digno, és maravilhoso para mim”.  Fui criada para o louvor da glória dEle, que outro lugar poderia estar senão em sua casa O adorando? Não há outro jeito de gastar os meus dias, o meu tempo e as minhas forças a não ser O servindo.  E a outra parte do louvor dizia: “Não saberei o preço pago, por meus peados lá na cruz”. O mínimo que eu posso fazer é te louvar Senhor! É entender que o Senhor me escolheu e me colocou onde estou, sendo quem eu sou e fazendo o que o Senhor manda.
Mas o moldar de Deus em mim, não acabou ali não. Na segunda feira, é dia de capela no Seminário, e um irmão, cheio da unção de Deus começou a ministrar sobre Urias. Pois é, nunca parei pra pensar que iria aprender com Urias, o marido traído de Bateseba, enganado por Davi. E ali Deus me mostrou  o caráter comprometido de Urias, aquele que se alistou na guerra, fazia parte do exército e entendia qual era o seu papel.E disse Urias a Davi: A arca, e Israel, e Judá ficaram em tendas; e Joabe, meu senhor, e os servos de meu senhor estão acampados no campo; e hei de eu entrar na minha casa, para comer e beber, e para me deitar com minha mulher? Pela tua vida, e pela vida da tua alma, não farei tal coisa”. 2 Samuel 11:11
Como Urias poderia ir pra casa, descansar e ficar com Bateseba, se os seus amigos, o seu general, o seu povo estavam num campo de batalha? Como ele poderia se aproveitar  dessa situação pra tirar proveito para si, e pensar, me dei bem? Urias tinha caráter comprometido.  Urias não desceu para sua casa. Seus pensamentos estavam no campo de batalha, onde ele teria de estar participando. Seus pensamentos estavam voltados para os homens sob seu comando no campo de batalha. Por que Urias entendeu quem ele era e qual era o seu papel, ele não aceitou privilégios dos quais seus soldados não pudessem desfrutar, mesmo que fosse o rei quem estivesse oferecendo esses favores. Urias estava longe da batalha, mas seu coração estava impregnado de compromisso com a sua causa. Isso é lealdade ao chamado.  Isso era não pensar só em si, mas sentir a dor do outro, se colocar no lugar do outro. Como posso ficar em casa e saber que meu pastor está num campo de batalha? Como posso não participar dos desafios do meu grupo familiar e saber que meu líder vai ter que se virar nos trinta pra cumprir o propósito?  Esse entendimento chega para alguns, quem dera chegasse para todos. Aí sim estaríamos vivendo “a justa operação das partes”.  Então pude entender que eu tinha que ser diferente mesmo.  Não podia querer ficar em casa, pois fui alistada num exército, e se eu coloquei a mão no arado, não posso olhar pra trás.  E principalmente, não posso querer recompensa por isso, Infelizmente a justiça completa não será dada antes da volta de Jesus. Urias morreu por ser fiel e não desobedecer. Urias não se tornou rico por ser fiel; não foi homenageado, não recebeu honras, pelo contrário, perdeu sua única esposa e morreu por ser fiel a Deus e ao Rei. Ele morreu por ser verdadeiro e íntegro.
Deus, me faça  mais parecida com Urias. Mesmo sabendo que pra isso irei morrer, morrer para meus sonhos, minhas vontades, meu conforto e comodidade. 
Eu entendi, Senhor, eu não faço parte da multidão.

domingo, 18 de março de 2012

Depois de muito tempo...

Caramba... 8 meses sem passar por aqui... nem eu mesma percebi que tinham se passado tanto tempo.  O motivo de tão grande ausencia, foi o corre-corre diário, e não a falta de acontecimentos. Muitas coisas aconteceram. E sempre falava comigo mesma "tenho que escrever o meu blog..." mas não sei o que houve e se passaram todo esse tempo.
Mas nesse final de semana, Deus me despertou novamente e me impulsionou a escrever. Então, hoje, abri o computador e nem mesmo sabendo direito o que escrever, estou aqui, obediente. "Senhor, a minha parte estou fazendo... agora é contigo!" (risos) E relendo as minhas postagens anteriores, acho que preciso contar algo a respeito da última, onde falo do relacionamento com o meu pai. No mes de agosto do ano passado, ele faleceu. Teve um mal súbito, lá na clínica de repouso que mencionei, e foi levado para o hospital, e não resistiu e no dia seguinte foi a óbito. Não consigo descrever o que senti, por um momento parecia que não estava sentindo nada. Pegamos o carro, Elias e eu, e dirigimos por quase 4 horas (pegamos um engarrafamento horrível até chegar na região dos Lagos, onde ele estava). Nos encontramos com a minha mãe e minha irmã, nos abraçamos sem muito alarde, e fomos tomar as decisões burocráticas. As três mulheres, trocando olhares na realidade sem saber o que fazer: deveríamos chorar? Afinal era o pai e o marido. Mas seguimos em frente. Resolvido tudo, partimos para o hospital, para liberar o corpo e fazer o translado (minha mãe queria que fosse enterrado no Rio). Agora é que vem a situação que marcou a minha vida para sempre. Tive que ajudar a preparar meu pai e colocá-lo no caixão. Passados alguns meses, ainda me é estranho falar em colocar meu pai num caixão, parei alguns segundos antes de digitar essa palavra...bobeira né! Mas é muito estranho. Continuando, me restou ajudar nesta tarefa. E ver aquele homem que tinha uma figura tão austera, que levou uma vida ativa e produtiva, que quase não se ouvia seu riso, que me colocava medo e por muitas vezes raiva, vê-lo ali imóvel, frio me deu um grande bolo na garganta e um embargo na voz. Engoli a saliva que custava a descer, me inclinei sobre ele, arrumei seu cabelo que estava bagunçado (ele não gostava de ficar despenteado) ao passar a mão sobre aqueles fios tão branquinhos e macios, me deu saudade do que não vivi, das vezes que poderia ter feito cafuné e não me foi permitido. Passei a mão no seu rosto e senti pela última vez a aspereza de sua barba por fazer. Algo que me chamou muita atenção, e muito reflexivo por sinal, foi que ao sair de casa e ter ido na casa da minha mãe pegar documentos, não nos lembramos de pegar uma roupa para ele, um terno, ou algo assim(acho que foi a inexperiência, afinal ninguém da minha família ainda havia falecido). E então, ele que era tão apegado as coisas materiais, foi enterrado com um conjunto de moleton que estava usando no momento em que passou mal. Fiquei constrangida, me senti como se fosse um relaxamento ou desleixo, sabe, mas não foi por mal, e tratei logo de não acumular um peso de culpa que talvez fosse me apontar pelo resto da vida. Preferi ministrar para mim mesma mais uma lição de vida, que não adianta a gente ser apegada as coisas materiais, que no fim a verdade é que a gente não leva nada, não adiantou todo os problemas que ele possa ter criado com o "isso é meu" "não empresto" "eu comprei". Enfim, passado esse momento crítico, seguiram-se mais uma 4 horas de viagem, e mais engarrafamento.
Quando toda a família se reuniu (eu, minha mãe, minha irmã e meus dois irmãos) nos abraçamos, e de novo aquela sensação, o que fazer? o que falar um para o outro? A realidade é que meu pai não soube construir relacionamentos. E uma constatação que a minha própria mãe fez ao olhar todas as pessoas que estavam presentes no velório, foi que essas pessoas foram lá por causa dela ou de nós seus filhos. Eram nossos amigos, irmãos da igreja, vizinhos,  poucos parentes e nenhum amigo de meu pai. No caminho, enquanto Elias dirigia, eu falei: "Meu pai não tem um amigo pra quem a gente possa ligar e dar a notícia de seu falecimento. Isso é muito triste!"
Meu irmão ao olhar meu pai, chorou e me disse: "Tina (ele me chama assim), é o nosso pai que tá ali! Por que tinha que ser assim?" e eu falei: " Se nós não o amamos mais, foi porque ele mesmo não permitiu que o amássemos. Ele mesmo nos afastou. Tudo o que pudemos fazer, nós fizemos. Se não fizemos mais, foi porque ele não deixou."
Esse foi o final da história de vida de um homem que passou pela terra e nos deixou uma reflexão: Como as pessoas contarão sobre o primeiro dia depois do meu último dia de vida? Haverá alguém pra dizer: essa foi uma boa pessoa, sentirei sua falta!
"Melhor é ir à casa onde há luto do que ir a casa onde há banquete; porque naquela se vê o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração."Eclesiastes 7:2

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Restaurando relacionamento - Deus como Pai

"Porque não recebeste o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba Pai." Rm 8.15

Durante muitos anos da minha caminhada fui roubada em meu relacionamento com Deus como Pai. Não conseguia me achegar a Ele numa postura de relacionamento de  filho-pai, de carinho e aconchego,  de rendição total como um filho no colo de seu pai. Havia uma resistencia e um não saber como  fazer, que me impedia de viver um relacionamento assim com Deus.
Mas  por que  não conseguia, você deve estar  se perguntando? A resposta é simples:  Porque a  gente não pode dar aquilo que não tivemos. E essa resposta que hoje me soa tão simples, me roubou anos de comunhão com Deus.
Tive uma  infância cercada de mimos, brinquedos e irmãos mais velhos que cuidavam muito de mim e me protegiam (sou filha caçula com largo espaço de  anos entre eu e  meus outros irmãos). Minha mãe, muito trabalhadora, guerreira dona de casa, caprichosa na limpeza e dedicada em amor que "tudo sofre, tudo suporta, tudo espera" (abro um parênteses para declarar:TE AMO MÃE!).
Porém, meu relacionamento com meu pai é algo difícil até mesmo de explicar. Mas, confesso que vou tentar ser muito fiel aos meus sentimentos sem expor ninguém da minha família à vergonha. Vamos lá: O que me lembro dos meus anos de infancia (entre 5 e  11 anos)  era que  eu parecia viver em um conto de  fadas. Papai, mamãe, irmãos, familiares... como era a caçula, me enchiam de presentes, guloseimas,  roupas e passeios. Minha mãe conta que eu nasci trazendo a prosperidade para a casa, pois foi a época em que mais  tivemos  fartura.
Porém, depois de alcançar uma certa idade, o cenário de família modelo foi caindo. Cenário sim, pois aquilo que  via ao meu redor não era real, era um cenário de uma novela cercada de sofrimento e segredos, tipo novela mexicana. Como falei, depois de alcançar uma certa idade, ao começar a observar e ouvir mais as conversas dos adultos,  fui  pescando uma coisa aqui, uma coisa ali, minha mãe já não conseguia mais esconder os momentos de lágrimas, meus irmãos já não se faziam mais tão presentes ao meu redor, meu pai já não conseguia mais me conquistar só com presentes, eu agora queria algo mais, queria atenção, companheirismo, cumplicidade....  só comida no prato e um teto sobre  a cabeça, não me bastavam mais.
Então, vi o que de verdade era a minha família, vi que  tinha um lar desestruturado completamente (não vou entrar em detalhes, pois como falei, não posso expor ninguém a vergonha, só posso falar de mim).
Ainda muito nova,  com cerca de 10 anos,  comecei a me interessar por meninos, e com 13 anos, já tinha um namorado fixo (vale ressaltar que era contra a vontade dos meus pais), mas nessa época, já tinha entrado num processo de rebeldia muito grande contra a sociedade, no fundo querendo atingir minha família, revoltada por ter descoberto que  tudo que vivi tinha sido uma grande farsa. Desde essa época em diante, foi travada uma grande luta de queda-de -braço entre eu e meu pai. Vamos ver quem tem mais força,  quem pode agredir e ferir mais,  quem pode fazer o outro sentir mais vergonha e humilhação, esse era o meu lema. Só não sabia, que assim, estava escrevendo uma história pra mim muito cheia de  feridas que mais tarde me  seriam difíceis de sarar e cicatrizar.
Segui por uma vida de promiscuidade, busca do prazer e da alegria que eu achava ser a verdadeira. Pensava que aquilo que eu estava vivendo era verdade. Mas, só agora vejo que também era uma grande mentira, que as pessoas me usavam. Finais de semana cheio de bebidas (nunca experimentei drogas ilícitas, Deus teve misericórdia de mim) e longas noitadas, com pessoas que depois não me lembrava nem mais os nomes, tudo pra ferir a instituição rotulada de família e fugir de mim mesma.
Esqueci de  comentar, que ninguém na minha  família conhecia a Jesus Cristo, ao contrário, éramos simpatizantes do espiritsmo, e algumas vezes frequentávamos  centro de macumba, benzedeiras e fazíamos simpatias pra diversar  situações.
Depois de  viver muitas coisas, ter experimentado relacionamentos masculinos e femininos, práticas ocultas, festas regadas a muito heavy-metal e nenhum  pudor, chegou o dia  da luz entrar na minha vida. CONHECI JESUS! A VERDADE QUE LIBERTA!  
Com 15 anos, me converti, me batizei e me desviei. Fiquei sete vezes pior! Mas quando Jesus me escolheu, o amor dele era tão grande que foi atrás da ovelha perdida. E trouxe com Ele um presente: o Elias. Colocou em meu caminho aquele que hoje é meu marido, um rapaz nascido e criado no evangelho,  que venceu barreiras e preconceitos para estar ao meu lado. Me ensinou no caminho que se deve andar. Não estou dizendo que foi fácil nem pra mim e nem pra ele. O diabo sempre tentou nos destruir, fazendo a gente pecar (eu realmente não era fácil, ou melhor, era fácil demais). Andamos sozinhos, não tinhamos ninguém ao nosso lado, uma pessoa de Deus pra nos orientar, nos acompanhar, fazer gabinete, discipulador... nada disso  nós tivemos. Foi muito difícil, mas Deus tinha e tem um plano de excelência em nossa vida. Somos casados há 15 anos, temos 2 filhos, e trabalhamos na obra de Deus.
Precisava contar  tudo isso, pra que você pudesse entender um pouco da minha dificuldade de me relacionar com Deus na forma de Pai. Durante muitos e muitos anos, jogava a culpa no meu pai pela minha vida ter sido como foi, não conseguia liberar perdão, havia muita mágoa, muita dor, muita ferida aberta...foram anos de guerra espiritual pra que  hoje eu pudesse olhar pra ele e não sentir raiva e nem  dor. É certo que não tenho uma vida de muita intimidade  e carinho com ele, porque ser amável não faz parte dele, ele ainda não aceitou a Cristo aquele que muda a  história do  homem e por isso é uma pessoa muito dura e que precisa de libertação de demônios que o perturbam  dia e noite e  faz com que ele se afaste da família. Hoje, ele está em uma casa de repouso, infelizmente colhendo as sementes que ele plantou durante toda a vida. Sei que pode parecer duro, ter um  fim de vida assim, mas Deus também é justiça e não pode anular a colheita da semeadura feita por ninguém, ainda mais quando esse alguém O rejeita.
Hoje, sou livre, Jesus sarou minhas feriadas e me adotou como filha, e agora consigo estender meus braços, rendida ao Pai e Ele me pega no colo me chama de filha e eu  falo: ABBA PAI!

sábado, 7 de maio de 2011

Responder com fogo

 "Então construiu ali um altar para Deus e ofereceu sacrifícios que foram completamente queimados e ofertas de paz. Ele orou, e Deus respondeu, mandando fogo do céu para queimar os sacrifícios que estavam no altar. "       ICronicas 21.26
O ano de 2010, para o meu esposo e para mim, foi um ano de definições em muitas áreas da nossa vida, principalmente a ministerial. Depois de passarmos por longos períodos  de tratamento de Deus, desertos, crises de  ego e crises com Deus (não posso ser hipócrita e esconder essa parte, mas ainda bem que Deus não entra em crise com a minha crise), chegou um momento em que precisávamos de  respostas. Elias, meu marido, já havia feito seu altar  e pedido  uma resposta pra Deus (muito importante dizer, que eu não sabia disso, ainda),  só que, como nos diz o versículo acima, pra Deus responder com  fogo, tem que haver um sacrifício.
No mês de novembro, ou dezembro, não me lembro ao certo, a Pastora Deusdeth veio a nossa igreja fazer  encerramento do culto de Mulheres, e  fez um desafio profético para as mulheres,  aquelas que quisessem que o Senhor respondesse com  fogo, deveriam  dar uma oferta de sacrifício. Naquele momento, eu não tinha nenhuma oferta,  mas  olhei para o meu dedo,  um lindo anel que ganhei, de ouro com um coração enfeitado de pedrinhas de  brilhante, lindooo. Começou a luta  interna: dou, não dou? Dou , não dou? Foi aí que Deus me levou  lá trás no meu passado, e eu percebi que a maior jóia que tenho é a sua  obra. Me lembrei do começo da nossa caminhada, onde o nosso prazer era estar na casa de Deus. Quando ajudamos a abrir uma frente de trabalho numa localidade em que os bens da igreja não poderiam ficar lá por  medo de assalto. Então, levavamos e trazíamos os instrumentos, caixa de som, mesa de som, microfone pra minha casa, dentro do Chapolin (chevetinho 74 vermelho que possuíamos), e  todo culto era esse ritual,  chegar primeiro pra montar tudo, e sair por último depois de desmontar tudo. A sala da minha pequena casa  ficava cheia das coisas da igreja. Ficávamos na  igreja quase que de segunda a  segunda, ensaios, reuniões,  cultos... E ainda teve uma época em que íamos para uma igreja em Botafogo, não havia  distancia, cansaço. Das muitas vezes em que não tinha roupa nova para as festas da igreja, dos brechós  e  guarda-roupas de amigas que frequentei, sendo a bençoada por muitas delas, das roupas que as madames da zona sul davam à  minha mãe, que foi faxineira durante muitos anos pra me sustentar.  E Deus me fez lembrar de tudo isso e me fez ver  que Ele é a minha jóia, meu tesouro, e o meu coração está nEle. "Aonde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração". Então, entreguei aquele anel, pois se até aquele dia nada me era mais precioso do que a presença dEle, não seria um anel que me afastaria do meu Rei. Entreguei! E minha oração foi pra que Deus respondesse todas as questões que o Elias estivesse colocado diante dEle, mas que respondesse com fogo! Sem meias palavras! Sim, sim e Não, não! Vale lembrar de novo que eu não sabia  nem que ele tinha feito provas com Deus. Me senti aliviada. Com uma certeza antes nunca vivida após uma oferta, algo muito forte mesmo no meu coração dizia que algo iria mudar. Cheguei em casa, e disse a ele tudo o que aconteceu. Ele só me olhou nos olhos e não disse nada.
Quando foi na última quinzena do mês de dezembro,  fomos chamados pelo pastor Rogério com a indicação de sermos levantados a Diáconos. Eis a resposta para o nosso ministério. Deus estava nos aprovando. Foi  aí então, que Elias me contou da conversa que havia tido com Deus, que se realmente Deus tinha um plano ministerial em nossa vida, e que era pra continuar no lugar onde nós estávamos plantados,  nós iríamos ser levantados a diáconos naquele ano. E Deus respondeu com fogo!
A tua fidelidade te dá liberdade de fazer prova de Deus! Não é pecado!
Seja fiel e coloque diante  do altar de Deus o seu sacrifício. Ele vai responder com fogo!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

emoção x função

Ontem, o pastor Rogério, foi muito sábio em  dizer que o Espírito Santo não vem ao culto para abrilhantar a reunião. O Espírito Santo quando enche um  lugar com a sua presença, Ele está fazendo um investimento em nossa vida. E  em todo  investimento espera-se um retorno. Quando investimos nossas  finanças em  comprar um carro, esperamos um retorno, queremos sair, passear, não  investimos para deixá-lo parado  na garagem e ficar olhando. Da mesma forma o Espírito Santo quando investe em nossas vidas, não quer que fiquemos com a unção represada dentro de nós. O brilho dEle não é para o momento e  para ser recordado depois de alguns anos: "Lembra daquele  culto? Foi uma benção né! Uma unção tremenda!" E o que fizemos com essa unção? Deus espera o retorno do investimento que fez em nós! Não podemos abrir mão de estar nos cultos para ficar em casa sendo ministrado pelo Faustão, Pedro  Bial, Gugu, novelas ou sei lá  mais  quem. Nós temos uma função! Temos um chamado!
Não consigo entender como pessoas podem trocar estar na presença de Deus, por estar na presença de qualquer outra pessoa ou lugar, e nem sentem nenhum peso  em seu espírito por isso.  A minha alma anela pelo Senhor! O meu prazer é estar em sua presença!
A minha oração é que haja um despertar genuíno no povo de Deus. Uma geração de famintos pela presença de Deus,  sedentos por sua palavra e loucos pela sua glória!
 Há  um novo tempo para o Brasil, muitos profetas tem se levantado  em diversos lugares para dizer que no Brasil haverá um derramar  do Espírito em um  grande avivamento. Eu quero estar inserida neste contexto sobrenatural! 
Vem Senhor! A nação clama por ti!
Desperta Judá!!!!!!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Avivamento


O melhor presente que recebi nesses últimos tempos, foi ter recebido, junto com meu marido, a direção do Bom Dia Espírito Santo, um culto realizado em nossa  igreja  todo domingo pela manhã , antes da Escola Dominical.
Esse trabalho, mudou radicalmente a  minha vida espiritual.
Quando recebi essa  notícia fiquei apavorada! Apavorada sim, porque descobri que não sabia nada sobre o Espírito Santo. Pensava que sabia. Mas a única coisa que sabia sobre Ele era mera literatura, conhecimento da mente, e também  presenciar visitações exporádicas em alguns cultos. E agora? Como falar sobre  algo que não  tenho pleno conhecimento.
Comecei uma busca  insessante. Comecei com um livro (indico o Bom dia Espirito Santo - Benny Hinn). Aprendi sobre a pessoa do Espírito Santo.  Mas como uma pessoa a gente não conhece  só de ler sobre ela, tive que aprender a me relacionar com Ele. Você pode ler sobre  qualquer pessoa, mas só vai poder dizer que a conhece, depois que for apresentado a ela.  E foi assim que tive que fazer. "Espírito Santo, eu quero te  conhecer, quero ser sua amiga", essa  frase passou a ser a minha oração diária.
E com o passar do tempo, comecei a sentir mais forte a Sua presença. Em determinadas situações  já podia identificar a sua voz. Fui estreitando meu laço de amizade com Ele. Ainda  não o conheço por completo, mas este é o meu alvo. Através desse relacionamento comecei a entender mais a Jesus, pois o Espírito Santo é quem nos leva a toda verdade, e se Jesus  é o caminho, a verdade e a vida, Ele então me levou a  estar mais perto de Jesus também.
E assim, com uma  vida de renúncias do ego e da carne,  uma busca pela santificação, pois quero ver a Deus, ganhei um  novo amigo.  O MELHOR DOS AMIGOS.
Hoje  sou uma apaixonada pelo Avivamento, quero viver Atos 2.
A Glória de Deus é meu sonho. O louvor e a Adoração é a ponte que vai me fazer chegar lá.
"Louve ... até que venha a Adoração.
Adore... até que venha a Glória.
Então... permaneça lá."




sexta-feira, 29 de abril de 2011

Fluir... transbordar....

"Tendo este tesouro em vasos de barros, para que a excelencia seja de Deus" II Cor 4.7 
Quanto mais deixo Deus agir na minha vida, mais da excelencia de Deus será colocada dentro de mim. Mas não posso esquecer, a execelencia é de Deus e não do vaso. O tesouro está dentro de mim, não sou eu. E quem habita em mim? O que há dentro de mim? Quem escolheu a minha vida pra morar? O Espírito Santo de Deus. A excelencia é Ele. O precioso está dentro do vaso. Tem gente que quer preservar o vaso, "não toque , não pegue porque senão pode quebrar!" " Cuidado com o vaso que ele é muito  bonito, não deixe quebrar!"  "Deixa o vaso ali, quietinho na estante, só pra enfeitar, ele é tão bonito!" E se o vaso der uma trincadinha, a gente quer dar um retoque com uma cera pra disfarçar. Era assim que se fazia  antigamente pra não perder o vaso, era passado uma cera. A palavra sinceridade vem de "sem cera". Aquilo que está com cera é falso, não é sincero. Não coloque uma camada de cera sobre a sua  vida pra esconder a rachadura! Se mostre em sinceridade  pra Deus.
Não posso querer preservar o vaso, pois o que está dentro dele precisa ser liberado. "O vaso de alabastro tem que ser quebrado e o perfume tem que ser totalmente derramado". Já cantou essa música? E então, para o perfume sair, para o aroma de Cristo  sair, o vaso precisa ser quebrado."Não tenho a minha própria vida como preciosa" Preciso parar de me super-valorizar. Fui chamada pra ser gastada  II 12.15  A minha vida de nada vale, se não for pra ser derramada aos  pés do Senhor, e não só derramada, por que não dizer quebrada? Quebrada sim. Mas na mão do oleiro! Como  disse a linda Pastora Ludimila Ferber: "Quando o oleiro está moldando o vaso  as impressões digitais dele vão ficando no vaso."  Imprime em  mim Senhor, as suas digitais! Molda! Ajusta! Se  não estiver bom, se rachar, Senhor,  quebra e faz de novo! Ai.... ai.... isso dói Senhor, mas sei que é necessário. Senhor não ligue pros meus "ais"  e nem "uis" completa a obra em mim! E depois, quando eu achar que estou pronta, Deus fala: Entorna... derrama.... e me volte pra  casa do oleiro, porque tem mais ajuste pra fazer. 
Não posso reter. Não posso monopolizar. É hora de deixar fluir, transbordar....